Torá - A Lei de Moisés

Torá - A Lei de Moisés

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SUCESSO DE CRÍTICA E VENDAS! MAIS DE 10.000 EXEMPLARES VENDIDOS! Esta preciosa obra apresenta o texto hebraico da Torá ao lado de sua tradução para o português. Mantendo intactas as interpretações dos comentaristas clássicos, e inSaiba Mais


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SUCESSO DE CRÍTICA E VENDAS!

MAIS DE 10.000 EXEMPLARES VENDIDOS!

Esta preciosa obra apresenta o texto hebraico da Torá ao lado de sua tradução para o português.

Mantendo intactas as interpretações dos comentaristas clássicos, e inspirada no Talmud e no Midrash, foi editada segundo as porções semanais de leitura e por capítulos e versículos, complementada por interessantes comentários e ilustrações.

Apresenta ainda todas as Haftarot e as 5 Meguilot.
Sem dúvida, uma jóia que deve estar presente em todos os lares.

 

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O que mudou na nova edição revisada e atualizada?

Em 2001, a Editora Sêfer realizou o lançamento da sua edição da Torá – A Lei de Moisés. Comparada à edição de 1962, tudo era novo: o formato, o texto hebraico, a disposição dos textos em português, a uniformização dos termos, as ilustrações, os novos comentários – enfim, praticamente tudo!

Agora estamos lançando a versão revisada e atualizada, e todos me perguntam, com razão: o que mudou? 

Bem, para entender o que mudou é importante nos situarmos no tempo: em 2001 usava-se o Windows 95 ou 98, a diagramação era realizada no programa Pagemaker 6.5 e usar um ThinkPad da IBM era o máximo da sofisticação! 

A versão que estamos lançando agora foi atualizada em conformidade ao novo acordo ortográfico da língua portuguesa. A revisão, realizada pelo prof. Vitor Fridlin, encontrou várias falhas na citação de versículos e fontes talmúdicas, que foram corrigidas e complementadas. A dificílima diagramação foi refeita no moderno programa InDesign pela competente equipe de profissionais da empresa LCT que conseguiu dar mais leveza aos textos, porém, mantendo rigorosamente a paginação original. 

A impressão foi realizada agora a partir de arquivos digitais. Adeus, fotolitos.

Não há novos comentários. O que há é mais clareza, menos falhas e mais precisão gráfica. O que não é pouco.

Esperamos que você aprecie essa nova edição!

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A Torá como fonte de Vida
por Bernardo Lerer

O Jairo Fridlin me ligou outro dia e me pediu para escrever a respeito da nova edição da Torá. Em outras condições ficaria constrangido. Afinal, tive participação na obra. No entanto, "Cavod" maior não poderia haver. Primeiro, constar do expediente como editor de texto. Segundo, me engajar, desde o início, numa proposta de trabalho que é um pouco parte do projeto de vida de Jairo e um dos seus maiores desafios profissionais como editor.

Bem que meu amado pai Menachem Mendel HaCohen z"l sempre perguntava em idish - porque em idish tinha mais sabor - a mim e aos meus irmãos David e Isaac quando teimávamos com alguma coisa: "Onde é que está escrito? Respondam-me, onde é que se lê isso". A referência óbvia era: se não está escrito na Torá, não havia porque insistir. Até hoje valho-me desta pergunta e abuso da resposta.

De fato, a Torá encerra o principal que são os ensinamentos sobre a vida, o relacionamento entre os homens, os princípios da Verdade, os conceitos de Justiça, os valores da Liberdade, a questão da honra, da dignidade, não necessariamente nessa ordem. As gerações se encarregaram de construir o acessório.

Jairo colocou tudo isso nessa edição da Torá com cerca de 1400 páginas de grande apuro gráfico, uma feliz distribuição do texto bíblico que facilita sua leitura e a compreensão de seu significado pelo destaque dado a exegese. A obra foi impressa em um papel especial, pouca coisa mais espesso que o conhecido papel bíblia e cujo manuseio contínuo não vai danificá-lo. O texto em hebraico foi composto em Israel a partir de uma nova família de fontes desenvolvida por artistas gráficos israelenses e adquirida à renomada Editora Vagshal.

Esta edição da Torá é uma edição revista, ampliada e melhorada da Lei de Moisés, de autoria do rabino Meir Matzliah Melamed z"l, primeira e única tradução judaica literal do Pentateuco editada no Brasil, em 1962. A Torá da Editora Sêfer incorpora os comentários originais do rabino Matzliah, tanto da edição brasileira como da espanhola, e ainda as interpretações do rabino Menachem Diesendruck z"l publicadas nos seus famosos "Sermões", além de comentários elaborados pelo próprio Jairo, baseados nos clássicos de Rashi, Maimônides, Nachmânides e outros. O livro apresenta didáticas ilustrações dos utensílios do Tabernáculo e um mapa da região no período bíblico.

Embora suspeito, posso garantir que o resultado alcançado é magnífico e capaz de impressionar leigos e estudiosos pela forma e principalmente pelo conteúdo. Isso talvez explique os três anos de trabalho para fazer chegar às mãos de leitores ávidos, ansiosos por conhecer e se aproximar da fonte primeira e original da sabedoria judaica. Ao contrário: acho mesmo que valeu a pena esperar por este livro que a modéstia de Jairo Fridlin não o impede de querer transformá-lo num monumento da cultura judaica no Brasil, fruto de uma paixão genuína pela Torá e seus ensinamentos.

Para não cometer erros, li e reli cada linha várias vezes. Aprendi e reaprendi nas lembranças das aulas de "Tanach" e me convenci de duas certezas: 1) mais uma vez meu honrado pai tinha razão; e 2) a leitura da Torá explica porque as coisas são do jeito que são.

Valeu a pena esperar
por Sheila L. Fridlin

Quem, como eu, acompanhou este projeto passo a passo, desde a concepção inicial, as reuniões, os incontáveis interurbanos para o Rio, Belém, Porto Alegre, e principalmente as muitas noites insones, madrugadas e fins de semana dedicados a elaboração deste trabalho, agora preciso dizer com muita alegria - e porque não, orgulho! - que a Sêfer acaba de lançar o seu projeto mais ousado: a Torá. Ousado porque é inovador em tudo o que lhe permite ser.

Quem já conhece os trabalhos do Jairo sabe que esta não é apenas mais uma tradução da Torá; ela brinda o leitor com um texto envolvente e repleto de comentários enriquecedores, coletados a partir dos textos dos rabinos Matzliah e Diesendruck e de dezenas de outros livros que amanheciam espalhados em sua mesa de trabalho.

Gostaria de dividir com vocês a emoção que sentia quando Jairo, empolgado, lia para mim diversos trechos, pedindo a minha opinião, e posso lhes afirmar que os bastidores desta obra são uma história a parte, digna de um novo livro.

É isso aí, Jairo, parabéns pelo resultado e pela missão cumprida!

É com imensa satisfação que a Editora Sêfer apresenta ao público brasileiro, judeus e não judeus, "a Torá que pôs Moisés diante dos filhos de Israel "!

Índice e trechos

1 1  No princípio  criou  Deus  os  céus e a terra.  2  E a terra era vã  e   vazia, e  (havia) escuridão sobre a face  do abismo, e  o espírito de Deus se movia  sobre a face das  águas. 3 E disse  Deus: “Seja luz !” E foi luz. 4 E viu Deus a luz que (era) boa; e separou Deus entre a luz e a escuridão. 5 E chamou Deus à luz, dia, e à escuridão chamou noite; e foi tarde e foi manhã, dia um.
6 E  disse Deus: “Haja expansão no meio das águas e que separe entre águas e águas!” 7 E fez Deus a expansão; e separou entre as águas debaixo da expansão e entre as águas de cima  da  expansão. E foi assim.   8 E chamou Deus à expansão, céus.  E foi tarde e foi manhã, dia segundo. 

COMENTÁRIO

Capítulo 1

1. No princípio – Os primeiros capítulos do Gênesis narram os primórdios da Criação. Por serem muito profundos, é difícil compreender todo seu conteúdo sem um conhecimento prévio dos ensinamentos da Torá, conforme foram revelados no Talmud e na Cabalá.

No princípio –  Bereshit (por causa de Reshit): O Talmud proclama que o Universo não teria sido criado se não fosse pelo mundo espiritual, pela palavra Divina, pela Torá, chamada Reshit, princípio de tudo (Pessachim 68).
criou Deus – Elohim (Deus) tem, em hebraico, a forma plural, para indicar que Deus compreende e unifica todas as forças infinitas e eternas. E para que não se pense que são muitos deuses, o verbo Bará (criou) foi empregado no singular, imediatamente depois de Elohim.
O exegeta Abraham Ibn Ezra (1089~1164) argu-menta que esta palavra não é nada além de um plural majestático concebido pelo homem devido às múltiplas e ilimitadas manifestações de Deus. (E)

os céus e a terra – No primeiro versículo do Gênesis, vemos uma intenção evidente, que é a de dar ao homem a consciência de que tudo se deve à Criação Divina. Os antigos mitos atribuem a existência do mundo ao resultado das lutas dos múltiplos deuses, ou como nascido da casualidade e do capricho. Porém, a Torá quer nos mostrar o Universo como expressão da vontade Divina (na linguagem da Cabalá, Tsimtsum);  a Criação como princípio de tudo, e não a Criação em si, mas a Providência – isto é, Deus – como Criador, Legislador e Condutor do Universo.

2. vã – Assim é interpretado pela tradução aramaica de Onkelos, enquanto o exegeta Rashi (Rabi Shelomo Yits’chaki, 1040-1105) explica que a palavra Tôhu (vã) significa assombro e consternação pela vacuidade (vazio) em que se encontrava a terra.

e o espírito de Deus se movia – A maioria dos tradutores têm dificuldade em traduzir estas palavras, que têm um sentido difícil de captar por nosso limitado entendimento. Segundo o exegeta Rashi, significam que o trono Divino movia-se, por ordem de Deus e por meio de alento (Rúach) exalado por Sua boca, sobre a face das águas, aparentemente com a finalidade de dar o alento de vida à matéria inanimada (cf. Gênesis 2:7 e Isaías 42:5). Por outro lado, a tradução aramaica de Ionatan ben Uziel diz: “... e o espírito de misericórdia procedente de Deus soprava sobre a face das águas.”

sobre a face das águas – O exegeta Rashi quer que o primeiro versículo do Gênesis seja traduzido da seguinte maneira: “ 1No princípio, ao criar Deus os céus e a terra, 2 a terra era vã etc.”, pois a Escritura Sagrada não quer mostrar aqui a ordem da Criação; a prova  disso é que o fim do segundo versículo dá a entender que as águas já existiam antes dos céus e da terra.

5. dia um – Inúmeros doutores da Lei tratavam de conciliar a data da era hebraica com as últimas descobertas científicas, que revelam, baseadas no “relógio de Urânio”, ou seja, na desintegração das substâncias radioativas das rochas, que a Terra tem, aproximada-mente, 4 bilhões de anos. Seus esforços resultaram inúteis. Por conseguinte, a fim de conciliar a Escritura Sagrada com a ciência, podemos até admitir que um dia da Criação não equivale a um dia ordinário, e sim a um longo período de tempo, conforme descreve o rei David no salmo 90: “Pois mil anos em Teus olhos são como o dia de ontem, que passou, e como uma vigília noturna.” Não obstante, os judeus religiosos atêm-se à fé nas Escrituras Sagradas e contam os anos a partir dos dados bíblicos. Estes dão conta de estarmos hoje no ano 5760 (2000).

8. dia segundo – Segundo Rashi, a expressão “E viu Deus que era bom” foi omitida ao término da criação do segundo dia, pois ela só foi concluída no terceiro dia. Assim, uma obra inacabada não podia ser qualificada de “boa”. Por outro lado, no terceiro dia, quando ela é terminada e outra é iniciada e con-cluída, o versículo repete esta frase duas vêzes. (E)  

dia segundo – Segundo Rashi, os céus – criados no primeiro dia – estavam em estado fluido. No segundo dia, os céus se solidificaram, criando uma divisão entre as águas de cima e as águas de baixo. De acordo com Nachmânides, a separação foi entre os aspectos totalmente espirituais da Criação e o mundo material que circunda o homem, inclusive os mais distantes pontos do sistema solar. Ele diz ainda que o firma-mento e as águas de cima e de baixo estão entre os mistérios da Criação que não podem ser conhecidos pelo homem ou cuja explicação deve ser  limitada àqueles qualificados a conhecê-la. Já outros exegetas comentam que o termo “firmamento” se refere à atmosfera que envolve a terra.
 

 

Prefácio

Prefácio da 1ª Edição

Em todas as épocas, a Torá – fonte essencial da religião judaica – tem sido a base da unidade espiritual de Israel, e esta unidade é que tem dado a este, a força necessária para a sua sobrevivência.  Por conseguinte, o estudo da Torá foi sempre um dever primordial para os adeptos da nossa religião.
Analisando a literatura judaica em português, verifiquei que faltava a tradução da LEI DE MOISÉS neste idioma, isto é, uma tradução fiel às interpretações dos nossos exegetas, os quais se inspiraram na Tradição, no Talmud e no Midrash.
Esta obra, posso afirmá-lo, é única em seu gênero, pois que as traduções da Bíblia em português que examinei, quase todas se limitam a traduzir as palavras etimologicamente, deixando de lado o mais importante: o sentido que lhes deram os nossos doutores da Lei.
Esta tradução e os comentários que a acompanham têm como base as opiniões dos exegetas, tais como: Rabi Shelomo Yits’chaki (Rashi), Onkelos (Targum), Rashbam, Baal Haturim, Daat Zekenim Mibaale Hatossafot, as do Talmud e as do Midrash; também foram consultadas obras modernas de alguns comentaristas, escritas em vários idiomas, tais como “Varietés Homilétiques”, do Rabino M. Wolff, e outras; por fim, a opinião, explicações e comentários do próprio autor, em sua qualidade de rabino ortodoxo e conservador.
A extrema dificuldade deste trabalho, assim realizado, e sua grande importância não passarão despercebidas aos que possuem o conhecimento profundo do texto original.  Em suma, esta é uma obra de fé, baseada nos ensinamentos dos grandes mestres do judaísmo.
Hoje, mais do que nunca, me parece necessário divulgar, especialmente à nova geração, que só utiliza o idioma do país, o conteúdo da nossa mais Sagrada Escritura, para que saiba alguma coisa do que o judaísmo tem dado espiritualmente ao mundo, da sua história e da sua missão, como descendente do povo de Israel.
Conforme a Tradição, o profeta Moisés explicou a Torá em setenta idiomas (Rashi, Deuteronômio 1:5 e 27:28); e o Talmud (Sotá 35) nos diz a razão: “Para que as nações do mundo possam copiá-la”, pois que, além de nós mesmos, todos devem conhecer a verdade sobre o conteúdo da LEI DE MOISÉS e a sua moral elevada. Se homens como mulheres, jovens como adultos, pessoas imparciais de todos os credos e amigos da verdade tirarem proveito deste livro, elaborado com boa fé, isto será minha recompensa.

Rio, Tishri 5723 - setembro 1962

Rabino Meir Matzliah Melamed

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A TRADUÇÃO DO  PENTATEUCO

Tem havido grande número de traduções totais ou parciais da Bíblia: desde o famoso Codex de Alcobaça até, em nossos dias, a tradução brasileira.  Algumas com extensos comentários, como a de Figueiredo. Dentre as traduções parciais convém destacar a dos Salmos de Santos Saraiva, com o título A Harpa d’lsrael. Esta tradução foi feita diretamente do hebraico acompanhada de excelentes comentários. O certo, porém, é que todas elas padecem das dificuldades decorrentes da natureza desse famoso livro.  Escrito em várias épocas, apresenta arcaísmos no seu contexto, por vezes tão obscuros que têm dado margem até a interpretações cerebrinas, e mais de uma vez, provocaram sérias controvérsias.
A obra do Rabino Matzliah, A Lei de Moisés, é a tradução dos cinco livros de Moisés, ou Pentateuco. Os pontos obscuros foram cuidadosamente estudados à luz da Tradição, quando a gramática e significado não correspondiam a um sentido perfeito do assunto explanado.
A palavra hebraica, como em todas as línguas, sofreu no correr dos séculos modificações semânticas de tal porte que, em certos trechos, seria um contra-senso traduzi-las pelo seu sentido da época da redação definitiva do livro. Das quatro formas de tradução cuja sigla é “PaRDeS”, ele preferiu o pexat, isto é, o sentido literal.  Mas aí é que se revela o tradutor, porquanto o significado das palavras varia. O Rabino Matzliah conseguiu encontrar nesses casos o verdadeiro significado como deve ser compreendido na estrutura da frase, desatando assim as inúmeras dificuldades que comumente se deparam ao tradutor.
Naturalmente o ilustre Rabi recorreu não só à língua hebraica, de que é excelente conhecedor, como também aos grandes Mestres do Talmud e da Tradição, assim como da vastíssima literatura rabínica para conseguir afinal esclarecer as dúvidas ocorrentes em tais trechos.
Os Profetas que se lêem na Sinagoga depois da Parashá aí estão representados nos excertos para esse fim selecionados, também foram traduzidos com esmero.  Entre esses trechos se encontram as chamadas Haftarot de Consolação, extraídas de lsaías, as quais apresentam dificuldades que são, por vezes, insuperáveis. Contudo, o Rabino Matzliah soube ultrapassar os escolhos e apresentar uma tradução certa e compreensível. Agora, o israelita brasileiro pode com segurança acompanhar na Lei de Moisés a leitura das Parashiot, e também das Haftarot que se recitam aos sábados nas Sinagogas.
Em suma, este trabalho está destinado a representar no Brasil e para a língua portuguesa o que a tradução do Pentateuco do Grão Rabino L. Wogue representou para a língua francesa no século passado, ainda hoje consultada com proveito.

Rio de Janeiro, setembro de 1962
David José Pérez

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